Paulo Gil, coordenador do projecto limpar vagos que assinalou o 1º aniversario no passado fim de semana, considera que a floresta portuguesa está mal ordenada e não pode continuar a sacrificar diversas espécies a troco da plantação de eucaliptos. Aquele responsável pelo movimento “Limpar Portugal”, dá como exemplo a floresta no concelho de Vagos que estaria talhada para outras espécies. “Aqui neste local só se vêem eucaliptos. Parece que estamos na Austrália. Não estamos. Temos um clima temperado. Deveríamos ter espécies com o carvalho, a nogueira, o sobreiro, o choupo e o salgueiro e não temos”, refere Paulo Gil.

O responsável pelo movimento de limpeza realizado no fim-de-semana diz que deveria haver áreas reservadas para outras espécies. “Não estou a dizer que deveremos acabar com os eucaliptos. A floresta é riqueza e deve ser explorada. Temos uma industria de papel das maiores do mundo mas não podemos sacrificar tudo o resto para plantação de eucaliptos. Há formas de o fazer. Preservar percentagens de floresta. Agora, zero é inadmissível”, adianta Paulo Gil com sinais de alerta deixados no dia de comemoração do primeiro aniversário do projecto “Limpar Portugal”.