A Câmara de Ílhavo regista com agrado as iniciativas solidárias lançadas pela sociedade civil mas diz que é importante enquadrar essas acções num programa mais global e com conhecimento da realidade social. Paulo Costa assume que já contactou com os promotores da iniciativa “Sopa Rica” no sentido de integrar essa acção num quadro de ajudas que é gerido pela autarquia em parceria com instituições sociais. Lembra que é preciso conhecer os casos de necessidade para conseguir respostas mais justas e equilibradas. “Já falei com responsáveis desta empresa e acho que é uma iniciativa louvável mas com um risco. Quem avalia as pessoas que vão lá? Sabem se aquelas pessoas precisam ou não? Conhecem o agregado? Sugeri a integração. Dar o peixe só complica”, adianta Paulo Costa que tem sob responsabilidade o pelouro da acção social.

Francisco Rocha, do PP, lembra que mesmo as instituições sociais começam a dar sinais de ruptura e que o Estado não pode continuar a endividar-se. “O banco alimentar está em ruptura. Isto acabou. Está esgotado. A crise devia potenciar a reflexão sobre o modelo que queremos para o país”, disse o líder do PP com receios de um aumento da violência em ambiente de crise.

José Alberto Loureiro, do PCP, fala da urgência na mudança de políticas e dá como exemplo a vida de países em que a recuperação económica e o crescimento são já uma realidade. “Há exemplos disso. Há países que melhoram condições. Devemos olhar para esses exemplos. Olhamos só para um lado e não olhamos para os que fizeram progredir esses países. Há que seguir exemplos do bons”, referia o deputado municipal do PCP na última edição do programa “Discurso Directo” com uma leitura sobre a crise em declarações ao programa “Discurso Directo”.