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25-11-2010

Presidente da AEA diz que pagamento do 13º mês pode estar em risco nas empresas.


O presidente da Associação Empresarial de Águeda assume que há elevado risco de não cumprimento de obrigações como o pagamento do ...

O presidente da Associação Empresarial de Águeda assume que há elevado risco de não cumprimento de obrigações como o pagamento do 13º mês. Explica que a carga fiscal e os custos da energia estão a dificultar a vida às empresas e que o cenário é preocupante. Entrevistado no programa “Conversas”, Ricardo Abrantes manifestou-se preocupado com os conteúdos do novo código contributivo. “Se torpedearem as empresas por todos os lados pois digo, por muito que me custe, se calhar não há condições para aumentar salários, oxalá não seja preciso reduzi-los. Falo de subsídio de Natal e 13º mês. Acho que estão, mesmo, em risco no imediato. Digo isto, com o coração despedaçado, porque é verdade. Conheço os empresários de Águeda e Aveiro e garanto que a pior coisa que pode acontecer é não conseguirmos aumentar salários aos trabalhadores. As pessoas são a arma e a ferramenta número um e única de uma empresa. O resto são máquinas e chaves de parafusos”, disse Ricardo Abrantes em declarações ao programa “Conversas”.

O sinal de aviso do presidente da Associação Empresarial de Águeda que questionou o funcionamento de empresas e do regulador no sector da energia. “Em Portugal temos a energia mais cara da Europa com diferenças de 25% em relação a Espanha. O gás natural para as pequenas e médias empresa, para quem consome em média tensão, subiu de Janeiro até hoje 54%. A energia eléctrica aumentou. A Entidade Reguladora está instalada para servir os interesses de pessoas que não têm vontade de manter a competitividade das empresas. Já pedimos ao Ministro que criasse uma entidade que regulasse a entidade reguladora. Isto parece o Carnaval do Rio de Janeiro”, acusa Ricardo Abrantes.

Nesta entrevista assumiu o tom crítico que tem mantido na última década à frente da AEA dirigindo atenção para a classe governante. “É de uma aberração e incompetência. Juntamos este pacote de energias para termos energia mais cara. Somos periféricos e hoje ainda pagamos mais por isso porque somos governados por incompetentes. Não têm noção do que é a vida empresarial. Gerem demonstrando incompetência para o fazer”, conclui o dirigente da AEA.


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