Os candidatos que integram a Lista B à Comissão Política Distrital do CDS-PP de Aveiro vão apresentar uma queixa-crime junto do Ministério das Finanças contra Raul Almeida, actual presidente da Concelhia do PP e candidato a vice-presidente pela lista A, e contra António Loureiro, candidato à presidência da concelhia pela lista A. Os candidatos da lista encabeçada por Diogo Machado afirmam-se “insultados e difamados” numa carta que terá sido enviada por Raul Almeida e veiculada por António Loureiro.

Em comunicado enviado aos órgãos de comunicação social, os candidatos pela lista B anexam a referida carta, onde podem ler-se eventuais afirmações de Raul Almeida, como “Diogo Machado e os que o acompanham na lista B, em desespero de causa, vieram para a praça pública usar dos instrumentos a que ficam reduzidas as pessoas sem moral nem princípios: a calúnia e a mentira soez foram as suas armas de eleição” ou “Reforcei e assegurei a presença de um grande número de militantes de Aveiro nos diversos órgãos nacionais do partido. Na altura, os que hoje se dizem desinteressados, mendigavam sempre o seu lugarzinho. Como de resto mendigaram por escrito assim que fui eleito deputado”.

Em jeito de balanço ao último mandato, o ainda líder da distrital do CDS, refere que “para apoiar os nossos autarcas, levei a cabo a primeira grande convenção autárquica distrital do partido. Foi um sucesso absoluto com a participação de cerca de 200 autarcas. Da lista de presenças que conservo comigo, não constam os nomes da quase totalidade da lista B. Haverá erros a apontar? Certamente que sim. É sempre possível fazer mais e melhor, mas é profundamente desonesto negar que isto foi feito” e que “lamento não me ter acreditado nos avisos e considerações de carácter tenebrosas que alguns dos vice-presidentes da lista B me fizeram insistentemente sobre Diogo Machado. Ainda a Diogo Machado, lembro que desempenho um cargo para o qual fui eleito pelo povo de Aveiro, que não sou nenhum boy em cargos de nomeação política; que para além da política conservo o meu emprego estável de há 20 anos numa empresa privada onde sou estimado pela minha competência, constância, lealdade e honestidade”.

A carta alegadamente escrita por Raul Almeida termina com a vontade d actual líder em “vos escrever em privado, pois a praça pública onde os outros caluniam é o palco onde só o partido sai prejudicado e onde só quem não respeita o CDS lava a roupa que os próprios sujam”.