A partir do universo musical do compositor Jordi Savall (com uma sequência musical seleccionada por Rui Vieira Nery), Rui Lopes Graça abraçou aquele que foi reconhecidamente um dos maiores desafios do já longo percurso do
coreógrafo português. Uma coreografia belíssima com o selo de qualidade da Companhia Nacional de Bailado, que aqui regressa a Aveiro.
Considerando que toda e qualquer mudança parte sempre de um indivíduo, mesmo que se trate de uma mudança colectiva, este trabalho reflecte as dicotomias entre o grupo e o indivíduo, entre a unidade e a fragmentação, numa lógica constante de construção e de desconstrução... e se isto se prova no gesto coreográfico de Savalliana também se denota no próprio processo de criação do espectáculo.