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23-05-2004

Governo já escolheu freguesias para fazer experência


Voto electrónico

O Governo já escolheu quais as freguesias onde será testado o voto electrónico nas eleições europeias, voto esse que terá um carácter meramente experimental e não vinculativo, revelou ontem à Lusa fonte ligada ao processo. Portalegre (Sé), Viseu (Mangualde), Lisboa (Santa Maria de Belém), Porto (Paranhos), Mirandela, Aveiro (São Bernardo), Setúbal (São Sebastião), Loulé (Salir) e Beja (Salvador) foram as freguesias escolhidas para testar o voto electrónico nas eleições de 13 de Junho. Tal como a Lusa tinha avançado na passada semana, as simulações de votação electrónica vão decorrer numa sala autónoma, no mesmo local onde estarão colocadas as assembleias e secções de voto em cada uma das nove freguesias escolhidas. As freguesias, por sua vez, divergem entre si quanto à sua dimensão e número de eleitores, por forma a representar três realidades distintas. De acordo com as estimativas feitas, o projecto irá abranger cerca de 150.000 eleitores que, depois de votarem segundo os parâmetros tradicionais e se assim o desejarem, poderão aderir à experiência-piloto. O investimento total do projecto é cerca de 400 mil euros, sendo que a maior fatia será canalizada para as áreas de comunicação e divulgação, bem como para o estudo e análise da experiência. A iniciativa é da Unidade de Missão, Inovação e Conhecimento (UMIC) que, juntamente com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), o STAPE e a ANAFRE, deverá colocar em prática a possibilidade dos eleitores portugueses votarem nas eleições para o Parlamento Europeu recorrendo apenas a um computador. Outra fonte ligada ao processo adiantou que têm sido mantidos contactos com duas empresas multinacionais com experiência neste área (a Unisys e a Indra), além da Mulricert (a única empresa portuguesa com experiência em voto electrónico). Simultaneamente têm sido também desenvolvidos contactos com várias universidades portuguesas (do Minho e de Lisboa, esta última através das faculdades de Ciência, Católica e IST), com vista a estabelecer parcerias na área de auditoria às soluções tecnológicas de apoio à votação que venham a ser utilizadas. De forma a garantir o sucesso das simulações, será dada formação a todos os agentes eleitorais locais envolvidos.

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