INDICIADO POR UM CRIME DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E OUTROS DOIS DE CORRUPÇÃO

O braço direito do principal arguido do processo Face Oculta é de Oliveira do Bairro. Segundo a investigação, Namércio Cunha, alegadamente, estabelecia a ponte entre o principal arguido, o empresário Manuel Godinho (já em prisão preventiva), e a Rede Eléctrica Nacional (REN), a empresa dirigida por José Penedos, outro arguido do processo.

De acordo com um comunicado, lido na terça-feira, pelo juiz presidente da Comarca do Baixo Vouga, Paulo Brandão, Namércio Cunha está indiciado por um crime de associação criminosa e outros dois de corrupção activa para acto ilícito. O arguido fica obrigado a pagar uma caução de 25 mil euros, no prazo de dez dias, e não contactar com outros arguidos, assim como não se ausentar do país sem autorização judicial.

O arguido começou a ser ouvido na sexta-feira num interrogatório que se prolongou até segunda-feira, ao longo de mais de 14 horas.

Recorde-se que a PJ desencadeou, no dia 28 de Outubro, a operação Face Oculta em vários pontos do país, no âmbito de uma investigação, relacionada com alegados crimes económicos de um grupo empresarial de Ovar que integra a O2-Tratamento e Limpezas Ambientais, a que está ligado Manuel José Godinho.

Buscas. No decurso da operação, foram efectuadas cerca de 30 buscas, domiciliárias e a postos de trabalho, e 15 pessoas foram constituídas arguidas.

A Bairrada surge também referenciada neste processo, devido a um levantamento irregular de transformadores das subestações de Mogofores.


Diário de Aveiro



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