CONTOU COM 13 EXPOSITORES

A vila do Luso recebeu, no passado final de semana, mais uma edição da Feira do Pão e do Mel. Um evento, promovido pela Associação dos Apicultores do Litoral Centro (AALC), que contou com 13 expositores e que serviu para divulgar o mel e os seus derivados e o pão, sendo também esta uma forma de ajudar a escoar a produção dos associados da AALC.

João Cristóvão, presidente da direcção da AALC, reconhece que o certame é também, em tempo de crise afectado, caindo as vendas ligeiramente. Mesmo assim, faz um balanço muito positivo do certame que, ao longo destes três dias, recebeu muitas centenas de visitantes que puderam comprar não só mel e pão, como também pólen, propolis, vinagre de mel, sabonetes de mel e velas.

Paralelamente, este responsável, também apicultor, não deixa de destacar o facto da associação estar em franco crescimento: "Hoje somos 122 associados. Há dois anos, quando entrei, para a direcção, eramos apenas 60". De resto, a associação cobre já uma vasta região que vai de Mira a Penacova, Coimbra a Anadia, Cantanhede a Mortágua, passando ainda pelo cresce número de associados provenientes de Figueira da Foz, Montemor e Figueiró do Campo.

O objectivo é serem cada vez mais por forma a levar a cabo o grande ideal da associação: a certificação do mel do Litoral Centro. "Demos entrada com o processo para Zona Controlada. Só depois, poderemos avançar para a Certificação", sublinha.

E, se a actividade não é, rentável para um apicultor que tenha menos de 100 colmeias, para os que têm mais é uma actividade difícil e penosa (sobretudo no Verão) mas rentável.

Alberto Jesus é um jovem apicultor de Lemede (Cantanhede) que se dedica, única e exclusivamente, a esta actividade.

Este ano, a sua produção irá rondar as cinco toneladas de mel. Para isso possui mais de 300 colmeias que lhe ocupam todo o tempo. Uma paixão que nasceu por volta dos 7 anos, altura em que, pela primeira vez, tirou mel. "O meu avô, quando faleceu, deixou três cortiços. E assim nasceu o gosto pela actividade", avançou, revelando nunca ter sido picado.

Como profissional, há cerca de um ano, salienta que é a riqueza da flora da região que dá origem a mel muito diversificado e de grande qualidade. Todavia, reconhece que são cada vez mais os consumidores que sabem do benefício para a saúde do mel e dos seus derivados.

Quanto ao certame, considera que "é importante porque é uma forma de aproximar a população ao mel que na região é um produto típico, já que o mel foi, no passado, um complemento alimentar do povo".

Catarina Cerca

catarina@jb.pt
Diário de Aveiro



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