AS PECULIARIDADES DESTE ANO VITÍCOLA TRADUZIDAS NUMA MENOR FERTILIDADE

Uma menor fertilidade inicial, posteriores ataques de doenças, especialmente míldio, o recente e significativo escaldão dos cachos e o irregular escalonamento do pintor poderão marcar a vindima na Bairrada, onde, para já, se prevê um decréscimo da produção global.

De acordo com a Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB), que, nesta altura, costuma fazer uma estimativa em relação ao comportamento da próxima vindima, destaca-se, mais uma vez, que somente o acompanhamento da evolução da maturação das uvas, por parte dos viticultores, permitirá saber quando as mesmas atingem a maturação qualitativa, a base de qualquer marcação de data de colheita, sem que obviamente outros parâmetros sejam negligenciados, como a própria oportunidade de colheita, a previsão de ocorrência de precipitação, etc.

De acordo com os dados da CVB, nesta data, alguns produtores de vinho (adegas, caves e produtores individuais) já deram início aos controlos de maturação das suas uvas, não detendo, no entanto, calendários completamente definidos para a vindima das mesmas.

"As peculiaridades deste ano vitícola traduzidas numa menor fertilidade inicial, posteriores ataques de doenças criptogâmicas - em particular a intensa incidência de míldio quase generalizada a toda a região - no recente e significativo escaldão dos cachos e no irregular escalonamento do pintor, apontam, no momento, e comparativamente ao ano anterior, quer para um decréscimo da produção global, quer para um ligeiro atraso na maturação de 2007. "Baixos, mas não deficitários teores de humidade do solo, conjugados com temperaturas favoráveis, são passíveis de contrariar a previsão actual de algum atraso na maturação", avançou João Casaleiro, presidente da CVB.
Diário de Aveiro



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