CRIAÇÃO DE UMA MARCA QUE DISTINGA O PRODUTO |
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A Associação Nacional de Produtores de kiwi apresentou um projecto ao Governo prevendo triplicar do valor da produção anual do fruto de 10 para 30 milhões de euros, disse hoje à agência Lusa o seu Presidente.
José Martino adiantou que o projecto implica, até 2013, um aumento da produtividade média de 11 para 20 toneladas por hectare, e o crescimento da percentagem da produção exportada de 15 em 2006 para 50 por cento em 2013.
A iniciativa, denominada Indicação Geográfica de Proveniência, (IGP) insere-se na elaboração de um Plano Estratégico de Fileira que será avaliado pelo Governo, de forma a poder ser inserido nos Planos de Desenvolvimento Agrícola Regional.
A Associação tem sede em São João da Madeira, cidade considerada central em relação às duas grandes regiões produtoras de kiwi: o Entre Douro e Minho, com 80 por cento da produção e a região Centro com 20.
"Não nos limitamos a fazer um projecto vago, pois apresentámos medidas concretas, que abrangem toda a fileira: a produção, a agro-indústria e a comercialização", sublinhou.
O plano contém, ainda, "medidas concretas nos domínios técnico, da formação profissional e financeiros", acrescentou.
José Martino diz que a IGP passará, também, pela criação de uma marca, que distinga o produto quer em termos de qualidade, quer na sua origem portuguesa "que é já uma marca de valor internacional".
Acentuou que "a melhoria da produtividade nos próximos cinco anos impõe que 80 por cento dos kiwis seja de primeira qualidade ou mesmo extra", frisando que só assim se consegue alargar os mercados de exportação europeus, nomeadamente o espanhol.
Neste domínio, a Associação pretende realizar estudos de mercado que permitam indicar novos mercados externos, "para que o crescimento da exportação seja gradual mas sustentado".
A proposta da Associação pede ao Governo "que sejam privilegiadas as estruturas de tipo empresarial, que investem e seguem o negócio", defendendo que os apoios comunitários não devem ser dados a novos produtores com menos de quatro hectares.
"Só com organizações empresariais e economias de escala será possível criar valor acrescentado e aproveitar as verbas comunitárias de forma rentável", salientou.Diário de Aveiro |
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