INDISPENSÁVEL UMA APOSTA NA MODERNIZAÇÃO |
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O PCP pretende conhecer o estudo sobre a Linha do Vouga realizado pela REFER, considerando "indispensável uma aposta na modernização" daquela linha, com um reforço da oferta.
Em nota hoje difundida, o PCP dá conta do seu envolvimento na campanha "em defesa da Linha do Vale do Vouga" e refere que o deputado comunista Bruno Dias pediu já ao governo a divulgação do estudo sobre a Linha do Vale do Vouga, realizado pela REFER no ano de 2005.
O PCP teve conhecimento da existência desse estudo durante uma reunião com a REFER, em que terá sido informado que tal estudo conterá uma análise de mercado, da viabilidade técnica da linha, bem como um estudo económico e financeiro.
Os comunistas consideram "de todo o interesse o conhecimento e disponibilização desse documento", tanto mais que as "Orientações Estratégicas para o Sector Ferroviário" aprovadas pelo governo referem-se expressamente à Linha do Vouga.
O PCP recorda que essas orientações consideravam, desde logo, a Linha do Vouga como de "baixa procura" e apontavam para a elaboração de estudos "que permitam fundamentar a criação de parcerias com autarquias ou outras entidades públicas e privadas, ou a utilização de outras soluções tecnológicas que viabilizem a sua exploração de forma eficiente e garantam a respectiva sustentabilidade económico-financeira".
Em desacordo, o PCP critica o governo por "ao invés de desenvolver estudos para encontrar as opções concretas mais adequadas, quer estudos que permitam fundamentar a criação das famosas parcerias público/privadas e o envolvimento das autarquias, e aponta o estigma da baixa procura desta linha, como se a pudesse comparar com a Linha de Sintra ou com o Alfa Lisboa/Porto".
"Ao invés de assumir o objectivo da "sustentabilidade económico-financeira" de forma integrada para a rede ferroviária, em que os sectores mais rentáveis contribuam para o financiamento do serviço público, o governo demonstra uma visão errada e redutora, em que cada linha de comboio isoladamente tem de garantir a sua própria receita, independentemente do seu contexto e da sua importância para as populações", acusa ainda o PCP.
Defendendo que "as autarquias não têm que substituir o poder central nas suas funções e no financiamento do transporte ferroviário", o PCP reclama "uma estratégia de futuro para a Linha do Vouga, com uma oferta maior e de mais qualidade, a preços atractivos, capaz de captar novos públicos e inverter a tendência actual de primazia do transporte individual".
Os comunistas consideram a Linha do Vouga "um dos casos mais flagrantes de desresponsabilização do Estado em matéria de transportes públicos", com a alteração e supressão de horários e falta de investimento, apesar de ser "uma linha ferroviária centenária, que ainda hoje é o único meio de transporte público ao serviço das populações de vários municípios de Espinho a Aveiro".Diário de Aveiro |
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