OS COMERCIANTES FORAM OS MAIS LESADOS

Dois cortes no abastecimento eléctrico na zona norte de Águeda - um registado ao final da tarde da penúltima quarta-feira e outro na última quinta-feira, num total de cerca cinco horas - terão provocado milhares de euros de prejuízos no comércio e empresas. A interrupção no abastecimento terá sido originada pelo corte de um cabo de média e alta tensão, segundo a EDP.

Comerciantes mais lesados

Para Gil Nadais, presidente da Câmara de Águeda, os comerciantes foram mais lesados do que as empresas, uma vez que “o apagão na zona Norte do concelho ocorreu depois das 18 horas, horário em que muitas das empresas já tinham encerrado a sua laboração”.

O edil sublinhou ainda que “todos os visados poderão, mediante o que está aprovado na lei, pedir indemnizações”. Em contraponto, o autarca recorda que rede eléctrica de toda a zona Sul do concelho está a ser alvo de intervenções que visam a melhoria da qualidade do serviço prestado aos Munícipes e às empresas.

Diz ainda que “a planificação destas intervenções resulta de uma estreita colaboração entre a Câmara Municipal de Águeda e a EDP e conduziu ao aumento da potência e reforço da rede, com a entrada já em funcionamento de um posto de transformação em Serém de Cima, na freguesia de Macinhata do Vouga”.

“Estas obras de melhoria e modernização da Rede Eléctrica do concelho vêm pôr cobro às necessidades sentidas por todos os utilizadores abrangidos, e seguem-se às intervenções anteriormente realizadas em Sernada, Préstimo, Vale Grande, Barrô, Espinhel, Casal - Mansores, e também Serém de Cima, durante o mês de Maio”, justifica para o autarca.

Acabar com os micro cortes

Para Ricardo Abrantes, presidente da Associação Empresarial de Águeda (AEA), “é altura da EDP pôr cobro a esta situação”, sublinhando que “no seguimento da constante luta que “a AEA tem travado com a EDP tem conseguido melhorias foi evidentes no abastecimento”.

Segundo Ricardo Abrantes, “a actual luta vai no sentido da EDP acabar com os micro cortes eléctricos que as empresas têm sido alvo e que acarretam prejuízo avultados, nomeadamente nas avarias constantes de equipamentos electrónicos”. “São cortes que muitas das vezes nem sequer notamos”, explica o presidente da AEA.

Ricardo Abrantesrefere ainda que “a EDP, como uma empresa rica, já devia ter investido mais no concelho de Águeda, nomeadamente na substituição da subestação de Barrô, Águeda, a grande responsável pelo mau serviço prestado”.


Diário de Aveiro



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