A utilização de um endereço email falso que fazia passar-se pelo mail oficial da concelhia de Ílhavo do PSD lançou a confusão no seio do partido e na cena mediática com uma informação sobre a possível demissão de Luís Diamantino da concelhia de Ílhavo do PSD.
Depois da divulgação dessa informação e sem que houvesse confirmação da concelhia, surgiram os desmentidos de Luís Diamantino e de Margarida Alves, apontada nessa comunicação como um dos
descontentes do Partido na fase em que se inicia a preparação do dossiê autárquicas 2025.
A informação adiantava que Diamantino ponderava a demissão três meses depois da entrada em funções por “divergências internas”.
A Terra Nova assume o erro de ter usado o conteúdo antes de ter sido possível falar com o dirigente político que se prepara para esclarecer a polémica.
Para já é desmentida a intenção de apresentar a demissão.
Ainda assim, o mau estar-estar interno parece estar instalado uma vez que a informação terá saído do seio das estruturas ou de elementos que fazem parte do núcleo de preparação das autárquicas e das próximas campanhas do PSD, nomeadamente Europeias.
O mail fala de uma intenção assente em “divergências internas” e “desafios crescentes na liderança do partido”.
Quanto à deputada municipal pelo Partido Social Democrata, Margarida Alves, também estaria descontente “após divergências com o Presidente Paulo Pinto Santos na Assembleia Extraordinária do 25 de Abril, levantando questões sobre coesão e unidade dentro do partido”.
Pouco tempo depois da divulgação, Margarida Alves desmentiu o conteúdo da informação.
“Aguardo esclarecimentos claros da fonte e origem desta notícia, que a classifico de leviana perante a minha pessoa. Se tal não me for esclarecido recorrei aos meios e quem de direito na minha representação. O meu nome não pode ser utilizado com inverdades. Na política não vale tudo e a comunicação social deve ser esclarecedora e isenta”, refere a nota pessoal da deputada municipal.
A suposta comunicação da concelhia e que, afinal, se revela falsa, terminava com uma declaração sobre as consequências das divisões internas e das dificuldades para implementar o plano da concelhia do PSD para “recuperar a Câmara Municipal que atualmente encontra-se sob liderança do movimento independente Unir para Fazer”.
O Partido tem reclamado a importância de restaurar a confiança dos eleitores mas pela amostra as guerras internas continuam presentes.
Este é um caso que traz à memória o processo autárquico do PS quando os caminhos da concelhia e de João Campolargo se separaram na preparação das eleições de 2021.
Também aí vieram a público as divisões internas no processo de escolha de candidato logo que os caminhos se separaram.
Diário de Aveiro |