NÃO HÁ FERIDOS A LAMENTAR . AUTORES DOS DISPAROS CONTINUAM A MONTE

Uma patrulha da GNR de Bustos foi, na madrugada da penúltima quinta-feira, cerca das 3 horas, alvejada a tiro depois de se ver envolvida numa perseguição policial, confirmou ao Jornal da Bairrada fonte policial. Não há feridos a registar nem danos no carro da GNR. Os autores dos disparos estão a monte.

Perseguição policial

Segundo fonte policial, os dois soldados da GNR estavam a efectuar uma operação de trânsito, nas imediações do quartel da GNR de Bustos, junto à rotunda do Sobreiro, quando mandaram parar um carro ligeiro, no entanto, o condutor mal se apercebeu da presença da GNR, efectuou uma manobra perigosa e colocou-se em fuga.

Os militares, perante as infracções ao código de estrada, perseguiram, de imediato, os indivíduos, seguindo pela EN-335, que liga Bustos a Aveiro. Após dois quilómetros de perseguição policial, os indivíduos cortaram para um caminho agrícola, na zona da Tojeira, sem qualquer iluminação e extremamente estreito onde começaram a disparar.

A fonte diz desconhecer o número de indivíduos que estavam dentro do carro, sendo certo que seriam pelo menos dois, já que um disparava com o braço fora da janela enquanto o veículo seguia a alta velocidade.

Todos os disparos (três) foram feitos a alta velocidade e numa altura em que os carros estavam, praticamente, colados um ao outro, o que impedia que os indivíduos tivessem ângulo que lhes permitisse acertar nos militares.

Os indivíduos acabaram por se escapulir pelo meio de caminhos agrícolas que vão dar às freguesias da Palhaça e de Oiã. A partir destes locais, a fuga é mais facilitada devido a número de vias rodoviárias existentes, incluindo os acessos à A1, A17 e IP5.

Grupo perigoso

O caso foi entregue à Polícia Judiciária de Aveiro que está a fazer esforços no sentido de deter os presumíveis responsáveis por este caso.

Recorde-se que Polícia Judiciária, através da Directoria do Porto, em estreita colaboração com a GNR e a PSP, identificou os presumíveis autores dos disparos que atentaram contra a vida dos dois militares da GNR, no dia 8 deste mês, em Estarreja.

Na sequência das investigações foi hoje detido um homem de 20 anos de idade, residente em Aveiro, sem profissão definida e com antecedentes criminais por posse ilegal de armas de fogo.

No decurso das subsequentes diligências efectuadas foram apreendidas uma arma de fogo e uma viatura que terão sido usadas na prática do crime.

O detido foi ser presente a primeiro interrogatório judicial tendo ficado em prisão preventiva.

Acrescente-se que o grupo referenciado no crime ocorrido em Estarreja é conhecido por disparar facilmente contra agentes da autoridade, tendo sido alegadamente responsável por dois homicídios, pelo menos.

Aliás, a facilidade com que este grupo dispara contra qualquer pessoa - em particular contra os agentes de autoridade - é uma das características do seu modo de actuação.

Fonte da GNR disse ainda ao Jornal da Bairrada que, no caso de Bustos, a patrulha em causa teve um procedimento exemplar ao efectuar o serviço convenientemente e não colocar em causa a integridade física e o património do Estado.

A GNR suspeita que os indivíduos estavam a esconder alguma coisa ou que tivessem acabado de praticar um crime, pois, mal se aperceberam da operação STOP, colocaram-se em fuga, efectuando manobras perigosas.

Foi montada uma operação destinada a capturar os autores dos disparos.

Pedro Fontes da Costa
pedro@jb.pt
Diário de Aveiro



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