O Partido Socialista de Aveiro defende que o processo de revisão do PDM está ferido no que diz respeito à participação pública.
A estrutura liderada por Manuel Sousa analisa o processo até ao momento e conclui que há um quadro de falta de participação.
“Depois da reunião de Câmara do dia 11 de Setembro, relativa à revisão do PDM, a única participação possível é, acima de tudo a que não aplauda o chefe (Presidente de Câmara), a única pessoa no mundo que sabe de tudo. E esta participação autorizada é feita na rua, no café, no futebol, … desde que não contrarie quem sabe, o Presidente da Câmara”.
O Partido Socialista recorre ao histórico contra a opressão, contra o autoritarismo e contra a ditadura para afirmar que está com a mesma forma na luta contra a “discricionariedade”.
Com a fase de consulta pública à porta, o PS diz que a revisão tardou e agora não pode ser feita à pressa, que deve respeitar a história de Aveiro, deve respeitar antigas centralidades e não pode correr o risco de criar condições para o fenómeno de “urbanalização” da cidade colocando em risco o património histórico.
O PS realça ainda a insuficiência na valorização da mobilidade suave e diz que o plano acentua condições para a intervenção pretendida por Ribau Esteves para o Rossio.
Critica ainda o enunciado do documento.
“O excesso ou mero uso de expressões, no regulamento do PDM, como preferencialmente , em regra, em princípio entre outras, cria condições para uma prática urbanística casuística absolutamente contrária ao planeamento do território”.
Em nota divulgada esta quinta, o PS refere-se ainda à revisão da Carta Educativa que define como “desgraça completa”.
“É a imposição de uma vontade, coagindo, pressionando, destratando as pessoas que pensam de outra forma, para poder fazer crer à opinião pública que houve um amplo debate e gerado consenso”.
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