Espetáculo documental esta sexta-feira no Teatro Aveirense com o teatro “Eu uso Termotebe e o meu Pai também”. Trata-se de um espetáculo documental de Ricardo Correia.
“Eu uso termotebe e o meu pai também” parte de uma pesquisa sobre os processos de transmissão da memória relativa ao trabalho em Portugal. Consiste numa investigação sobre a influência da mecanização industrial no pensamento de gerações de operários e patrões.
Ao desenhar um arco sobre a história e contradições do trabalho, reflete a condição de operário e a sua emancipação, bem como as mutações da sua identidade ao longo de várias gerações, desde os remotos operários fabris até aos novos operários do século XXI.
Pretende refletir sobre a transformação do trabalho, o seu impacto e respetivas consequências na contemporaneidade.
A construção da peça é feita a partir da recolha de testemunhos em comunidades de operários de várias cidades portuguesas transfiguradas pelas ruínas dessa indústria e que aguardam ainda um novo El Dorado. Um espetáculo sobre os modos de extinção.
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