O Teatro Aveirense exibe, esta terça, o filme “Rosas de Ermera”. Um filme de Luís Filipe Rocha sobre a história da família de Zeca Afonso.
Esta terça dia 12 de Dezembro, pelas 21h30 no Teatro Aveirense, na sessão de Os Filmes das Nossas Terças será exibido filme sobre a história da família de Zeca Afonso num documentário rico em emoções. Uma história esquecida da vida do ícone da música portuguesa José Afonso (1929-1987), o mesmo José Afonso dos Santos que estava em Coimbra e não teve notícias dos pais durante três anos.
A história do filme começa em Moçambique, onde vivia a família Afonso Santos: o pai, a mãe e os três filhos – João, Zeca e Mariazinha.
Nas memórias, o “período africano” é visto como uma espécie de paraíso na terra ou paraíso perdido. O pai, juiz, decide aceitar a colocação em Timor Leste e os caminhos bifurcam-se. Mariazinha parte com os pais, enquanto os irmãos são enviados para Coimbra, para casa de uma tia. Vivências opostas. E muito atribuladas.
A eclosão da Segunda Guerra Mundial virá separar a família durante alguns anos, com os pais e Maria a serem eventualmente internados nos campos de concentração criados pelos japoneses em Timor-Leste.
É uma pequena história "perdida" na grande história da relação entre Portugal e Timor, que o realizador Luís Filipe Rocha, conta neste documentário, cujo título vem das rosas daquela localidade timorense.
O realizador que em 1980 realiza “Cerromaior”, em 1955 filma “Sinais de Fogo” e em 1996 realizou “Adeus, Pai”, o seu maior êxito de bilheteira. Em 2000 segue-se “Camarate”, o seu filme de maior impacto junto do público. Em 2003, “A Passagem da Noite” e em 2006 “A Outra Margem”.
Como habitual o público poderá assistir a uma curta-metragem. Nesta sessão será exibida a animação “Esperância” de Cláudio Jordão.
Os Filmes das Nossas Terças são uma iniciativa Teatro Aveirense, Plano Obrigatório e Câmara Municipal de Aveiro e têm o apoio do ICA e Ministério da Cultura. Os bilhetes têm um custo de 4€ (desconto de 50% no bilhete mensal) e estão à venda nos locais habituais.
Diário de Aveiro |