ÍLHAVO: AUTARQUIA E ADRA AVANÇAM COM OBRA DE SANEAMENTO E ÁGUAS PLUVIAIS NA GAFANHA DE AQUÉM.

A Câmara de Ílhavo aprovou, por unanimidade, a abertura de concurso para a construção da rede de saneamento e águas pluviais na Gafanha de Aquém.

Numa parceria entre Câmara (águas pluviais) e ADRA (águas residuais) as entidades investem 2,8 milhões de euros para uma obra de 14 meses.

A CMI assume 929 mil euros e a Adra cerca de 1,9 milhões. Depois da tramitação legal, a obra poderá arrancar no final do segundo trimestre.

Sérgio Lopes, do PS, aprova a medida e lamenta apenas o ritmo de construção das redes.

“Não é todos os dias que se iniciam investimentos que consideramos prioritários e que ao longo de muitos anos não foram prioritários. A este ritmo isto vai levar muitos anos até a rede estar completa”.

Marcos Ré, vice presidente da autarquia e responsável pela área do ambiente, considera que há uma aposta mais lenta mas mais sustentada nas redes de águas e saneamento.

“Ílhavo é dos poucos municípios do país que investem em simultâneo em saneamento e águas pluviais. Isto dá acréscimo a estas infraestruturas e raro é o município a assumir estes propósitos. Poderíamos ter o município coberto com águas residuais se em simultâneo não tivéssemos atacado este problema. Assinalam-se os 50 anos das cheias de Lisboa e lembro que Ílhavo sofreu consequências gravíssimas nessa altura”.

Sérgio Lopes reagiu deixando vincado que o primeiro mandato de Fernando Caçoilo foi importante para o investimento mas deixou referências a um passado de maioria Social Democrata (Ribau Esteves) a quem acusa de não ter dado a devida prioridade ao saneamento.

Marcos Ré insurgiu-se contra o que diz ser contrainformação. “Tecnicamente isto justifica-se pela opção de levar as redes de águas pluviais e saneamento em simultâneo. Sempre demos prioridade a isto mas não fazia sentido fazer a rede de saneamento e rebentar as estradas dois ou três anos depois por causa da água”.

Fernando Caçoilo foi mais longe e assumiu que foi necessário encontrar equilíbrio entre as diferentes áreas. " Se não fosse assim não teríamos outros equipamentos e serviços".

Eduardo Conde (PS) alertou para a importância dos técnicos darem atenção às alterações climáticas, ao nível de enterramento das tubagens de água e para a possível salinização de terrenos.

Fernando Caçoilo, autarca de Ílhavo, admite que, a prazo, haverá problemas para enfrentar nesse capítulo e diz que o caminho já está a ser trilhado com o grupo de trabalho que analisa a adaptação às alterações climáticas (Climadapt).

O Executivo anunciou que depois da Gafanha de Aquém o saneamento e a rede de águas terá expansão na Gafanha da Encarnação e Gafanha do Carmo.


Diário de Aveiro


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