DEZ MIL NA MEALHADA PARA VER

Cerca de dez mil pessoas acorreram ontem à Mealhada para assistir ao cortejo de Carnaval, que encheu de cores, música e alegria a cidade, tendo como principal atractivo o actor brasileiro Marcos Pasquim.
A chuva torrencial que se abateu hoje de manhã sobre a Mealhada (Aveiro) atrasou em cerca de uma hora o início do desfile e levou ao cancelamento, à tarde, de uma habitual segunda volta, mas não esmoreceu os foliões.
Temas mitológicos, uma homenagem ao Brasil e a transformação da terra num paraíso foram alguns dos temas do desfile, em que também não faltou uma sátira, com figurantes de tanga, à ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, com a frase: "Foi assim que nos deixas-te".
José Guindeira, da Associação de Carnaval da Bairrada, disse aos jornalistas que "grande parte das pessoas desloca-se à Mealhada para ver o rei", o actor Marcos Pasquim, que ocupou mais de uma hora antes do corso a assinar autógrafos, pedidos sobretudo por crianças e jovens do sexo feminino, como foi o caso de três irmãs de 15, 14 e 12 anos que vieram de Valongo com a família para o ver.
"As meninas estão tranquilas, o máximo que querem é um autógrafo, um carinho", disse Marcos Pasquim (da novela da Globo "Kubanacan"), em declarações aos jornalistas.
O actor confessou já ter provado o leitão da Bairrada - "uma delícia" - e manifestou-se também agradado com os vinhos da região.
Acompanhado pela rainha Cátia Simões, uma estudante de 19 anos que quer formar-se em Comunicação Social, Marcos Pasquim mostrou-se muito animado durante o desfile, não perdendo o entusiasmo perante a chuva que voltou a cair cerca das 17:00 e levou ao cancelamento de uma segunda volta "no sambódromo".
José Guindeira admitiu que a chuva torrencial desta manhã poderia ter ensombrado o Carnaval da Mealhada e foi responsável pelo atraso no início do desfile.
De facto, às 15:50 a organização difundia um aviso sonoro:
"Atenção escolas de samba e restantes grupos, para os vossos lugares, os bombos já derem início ao corso, o circo também já passou, o atraso não é justificável".


Diário de Aveiro


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