PARTIDOS TODOS DE PLENO ACORDO

Troviscal, Vila Partidos todos de pleno acordo Armor Pires Mota Não é por falta de acordo pleno que a freguesia do Troviscal não ganhará o estatuto de vila. É que todos os membros, centristas ou social democratas com assento na Assembleia de Freguesia, votaram favoravelmente uma proposta nesse sentido, sem quaisquer reticências, o que não deixa de ser caso exemplar. COISA PARA O FUTURO O assunto foi à Assembleia (extraordinária), realizada no dia 23 de Janeiro, convocada essencialmente com essa finalidade e não mereceu contestação alguma ou simples reparo. Segundo o presidente da junta, Adelino Cruz, o assunto foi tão pacífico que a reunião não durou mais do que “uns quinze minutos”. Apenas foram apresentadas algumas dúvidas que logo foram desfeitas. Uma das razões que leva a que os autarcas da freguesia colaborem em pontos essenciais, o que devia de ser normal para todos os políticos, é que “eu não gosto de vaidades, dou-me com todos e o trabalho assim é mais fácil”. É evidente que, conforme lembra o autarca, “isto é uma coisa para o futuro... a gente nem sabe se vem”. E logo confessou a JB: “se não for vila, também não temos nada a perder.” Mas a sua esperança é grande e o primeiro passo, ou o segundo, porque o primeiro pertenceu ao então deputado, Acílio Gala, também já foi avançado a nível da Assembleia de Freguesia “para que de futuro venhamos a ter algum benefício disso”. E lembrou que pequenas vilas noutros países como Espanha não têm melhores condições que o Troviscal. Assinaram a proposta Marcos Pereira Rodrigues Gaio, Maria da Conceição Oliveira Pinhal de Almeida, Carlos Alberto Ferreira Santos, Lino dos Santos Pereira, Edalberto Arcado de Matos, António Adalberto dos Reis Viegas, Manuel da Conceição dos Santos, António Nunes dos Santos e Nelson Ferreira da Silva. PRESTÍGIO Eu acho bem que o Troviscal seja elevada a vila e espero que isso aconteça, porque é uma terra com longas tradições culturais, dispondo de todos os requisitos formais para isso. Além disso, tem em curso a construção de um Centro Cultural que inclui as seguintes infra-estruturas: Escola de Música, Biblioteca, Museu de Etnomúsica e auditório com condições para diversas actividades culturais. A elevação a vila representa prestígio para toda a população e uma mais valia que se traduzirá em incentivos para um maior desenvolvimeno a vários níveis, quer no aspecto de fixação da população, quer no seu enriquecimento cultural. INFRA-ESTRUTURAS Com a implantação do jardim público, à beira da igreja, o Troviscal ganhou algum aspecto urbano e recebeu um ar de embelezamento, o que é visível a todos. Entretanto, com o que a terra irá dar um grande salto é quando a zona onde já está implantada a sede da junta e o Centro Paroquial e onde estão a ser erguidas outras, algumas já bem salientes, como o Museu da Etnomúsica, auditório, escola de música e biblioteca, estiver, por um lado, devidamente preenchida com os imóvesis e, por outro, urbanizada toda a área envolvente. O coração cívico do Troviscal já começou a ser implantado com o jardim do busto eternizando prof. José de Oliveira, coração que, com aqueles investimentos, crescerá nobre e definitivamente. Depois, a nível de infra-estruturas, redes de água e saneamento, está a ficar bem servida, estendendo-se esta cobertura a mais de 80%. Se não dispõe de grande zona industrial, tem, entre muros, Porto CLérigo, uma das maiores cooperativas de lavradores de país em cujas instalações, funciona a Caixa de Crédito Agrícola. Por outro lado, é a freguesa mais sossegada do concelho, lembra-nos Adelino Cruz, pelo que isso também pode concorrer para atrair os investimentos imobiliários e consequentemente mais população (No momento a este nível, ocupa o terceio lugar no ranking concelhio). Assim com o novo patamar, o título de vila, o autarca está convicto de que estão criadas as condições para maiores investimentos e apostas, nomeadamente a nível dos emigrantes. (30 Jan / 11:29)
Diário de Aveiro


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