A mulher e o homem que estiveram a ser julgados por suspeitas de terem abusado sexualmente de uma menor de 13 anos que é filha da arguida, em S. João da Madeira, foram ontem condenados a penas de prisão.
Apesar de ter ficado provado que foi o indivíduo o autor material dos crimes, o colectivo de juízes do Tribunal da Feira decidiu aplicar a pena mais pesada, de sete anos e meio de prisão, à mãe da vítima, uma vez que esta foi a “mentora” e incentivou os abusos. Já ao ex-companheiro, de 25 anos, foi aplicada uma pena de seis anos, sendo que ambos terão de pagar à menor uma indeminização de cinco mil euros.
Durante a leitura do acórdão, a juíza-presidente teceu duras críticas à arguida, de 37 anos, natural de Cucujães, em Oliveira de Azeméis. “As crianças não têm culpa de nascerem onde nascem. E há crianças que mais valia não terem nascido, para terem uma mãe como a senhora”, afirmou a magistrada, segundo a qual a mulher “é a mãe que ninguém quer ter”.
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