VOU FAZER OS DOWNLOAD QUE PUDER

Internet / Minho Campus Party «Vou fazer os download que puder« «Vou fazer os download que puder, porque a velocidade da linha em casa não dá grandes hipóteses«, disse à Agência Lusa o jovem Fernando Santos, do Porto, um dos 600 participantes na Minho Campus Party de Guimarães. O Fernando quer «aproveitar bem« os oito quilómetros de cabos de fibra óptica à sua disposição, uma rede em banda larga com 34 megabites: «Isto é o máximo!... Tem uma velocidade de comunicação dez vezes mais rápida que a da Netcabo«, acentua visivelmente satisfeito. O cibernauta continuou embrenhado no computador após a passagem da comitiva que quinta-feira inaugurou o certame, liderada pelo presidente da Associação Industrial do Minho, António Marques, pelo autarca de Guimarães, António Magalhães, e por representantes de outras entidades co-organizadoras, com destaque para a Universidade do Minho. Ao lado, um outro viciado na NET corrobora a tese do Fernando: «Aqui, em 30 minutos, consigo sacar o que em minha casa demora um dia«, salienta António Neves, de Lisboa. Os dois jovens estão desde as 00:00 horas de quarta-feira no Pavilhão Multiusos de Guimarães, para viverem uma espécie de rave informática que decorre até às 12:00 horas de Domingo. «Apenas dormimos umas três horas no saco cama nas tendas montadas no interior do pavilhão«, afirmam, rindo-se, e admitindo curtir a autêntica maratona de quatro dias em frente ao computador. No cerne da actividade do rato está a captação de jogos, filmes e programas mais actuais. Mas há também quem vá apenas pelo divertimento, como são os casos de Manuel Pinto, que está «a tentar dormir o menos possível«, e do José Pedro, um deficiente motor da Santa Maria da Feira. «A Internet é o melhor meio de comunicação, e aqui é muito mais fantástico«, afirmou José Pedro aos jornalistas, dizendo-se apaixonado pelo jogo de guerra «Wolfeintein«. Na Minho Campus Party existe também a vertente competitiva nas áreas de jogos, multimédia, segurança, robótica e computação móvel, a par da composição de músicas num espaço dedicado à descompressão. A preferência vai, no entanto, para os jogos, meio- violentos, ainda que os cibernautas recusem o adjectivo: «apenas não são aconselhados para todas as idades«, dizem. No final de uma visita demorada ao certame e com uma ponta de orgulho, o líder da AIMinho disse que quer afirmar a região como o Sillicon Valley português, ou a capital do digital. «Através da informática, incentivar a inovação e o desenvolvimento tecnológico do meio empresarial e industrial«, declarou, sublinhando que «são os quatro dias mais rápidos do mundo no sector da alta tecnologia e do digital«. O coordenador do evento, Eduardo Beira, considera a Festa como «o encontro real de comunidades virtuais, de indivíduos que comunicam entre si em chats e programas de conversação on-line«. Lusa (2 Ago / 10:33)
Diário de Aveiro


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