ENSINAR A “EXPLORAR A CRIATIVIDADE”

André Capote é artista plástico, mas também é um apaixonado pela “arte” de ensinar. Depois de concluir a sua licenciatura em Belas Artes e o Mestrado em Artes Visuais (pela Escola Universitária das Artes de Coimbra/ARCA), este artista ilhavense fez questão de aliar a sua carreira de pintor à vertente do ensino – deu aulas no ensino público e no privado. “Adoro ensinar”, confessa, para desvendar aquela que foi uma das principais razões que o levou, em Setembro do ano passado, a abraçar um novo projecto: a Academia de Belas Artes de Ílhavo.
“Estive a dar aulas durante 10 anos e quando as coisas começaram a azedar para os professores dediquei-me apenas à minha carreira como artista. Mas sentia saudades de dar aulas”, testemunha o artista. Além do mais, “como qualquer artista nesta faixa de idade entre os 30 e os 40 anos, há um mês que pode correr muito bem, em matéria de vendas, e dois ou três que correm mal. O ensino acaba por nos dar a estabilidade financeira de que necessitamos”, refere, a propósito daquilo que motivou a sua nova aventura profissional.
André Capote decidiu aproveitar uma antiga casa de família, situada na Travessa Vasco da Gama, n.5, e adaptá-la para albergar uma pequena escola de artes. Tanto mais porque este antigo imóvel – terá cerca de 120 anos – já respirava artes por todos os poros. “Esta casa já funcionava como armazém da galeria de arte do meu pai. Só tivemos de adaptá-la”, frisa. Para os que não sabem, fica o esclarecimento: André Capote é filho de José Sacramento, conhecido “marchand” de arte aveirense.


Diário de Aveiro


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