ALUNOS DE S. JOÃO DA MADEIRA DESENVOLVEM SOFTWARE

Informática Alunos de S. João da Madeira desenvolvem software Alunos da Escola Secundária Serafim Leite, de S. João da Madeira, desenvolveram um programa informático para gestão de correspondência já em uso no Centro da Área Educativa (CAE) de Entre Douro e Vouga. «Corgest« é o nome da aplicação arquitectada pelos alunos Diogo Ribeiro e Rui Silva, no âmbito da disciplina de Aplicações Informáticas de uma turma de ensino tecnológico do 12/o ano de escolaridade. Segundo Diogo Ribeiro, o software permite o arquivo em computador de toda a correspondência recebida e expedida, catalogando-a pela sua classificação (tipo de correio, referência de origem, assunto e data), atribuindo-lhe também um número de registo sequencial. Todas estas informações são armazenadas numa base de dados, o que permite, além de uma fácil consulta, a elaboração de estatísticas, explicou. Rui Silva, o co-autor do «Corgest«, sublinha que o software é simples, visto na óptica do utilizador, pelo que «qualquer pessoa que tenha apenas um pequena noção de informática o usa sem qualquer problema«. A concepção do programa, que valeu aos dois alunos um prémio de 500 euros (pouco mais de 100 contos), assenta no «Visual Basic« e demorou quatro meses a ser elaborada, segundo os autores. Diogo Ribeiro e Rui Silva afirmam que o programa não foi preparado propositadamente para o CAE, assegurando que «pode ser adaptado para qualquer empresa«. O problema, segundo a professora, é que os programas informáticos concebidos nas escolas não podem ser comercializados. «Está mal. É uma interdição assente num conceito errado segundo o qual aquilo que se aprende na escola não tem aproveitamento prático«, frisa Fátima Pais. Luís Ferreira, do CAE, sublinha, por seu turno, que «este tipo de parceria comprova que um trabalho feito por imposição curricular pode ser utilizado num ambiente de trabalho real«. A ideia de lançar o «Corgest« surgiu de contactos mantidos com responsáveis pelo CAE, a quem foram apontadas vantagens do uso de um programa de gestão de correspondência capaz de armazenar em computador dados relativos a todas as cartas, ofícios e mensagens electrónicas recebidos na sede da instituição ou emitidos a partir dela. A turma orientada por Fátima Pais trabalha agora noutros programas para utilização lúdica ou destinados a aplicações profissionais em diferentes sectores de actividade, disse a docente. O programa «Ratinho«, um software didáctico com fundo musical, é um desses programas, acrescentou. Outro designa-se «Gersola« e é uma aplicação industrial para coordenar tarefas relevantes a nível da gestão de produção, de clientes, de fornecedores e de encomendas numa fábrica de solas. «Apesar de não ser permitida a comercialização de software criado nas escolas, os autores dos projectos revelam potencialidades para dar sequência às ideias quando entrarem na vida activa«, sublinha a professora. Lusa (13 Mai / 17:37)
Diário de Aveiro


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