'NA CÂMARA DE AVEIRO NÃO HÁ FANTASMAS. PRESIDENCIALISTA É A LEI, NÃO SOU EU E ACABARAM OS FUNCIONÁRIOS CARREIRISTAS' - RIBAU ESTEVES.

Ribau Esteves, líder autárquico aveirense, rejeitou esta noite na sessão da Assembleia Municipal, o rótulo de 'presidencialista', sugerindo aos deputados municipais que o rotulam de 'concentrador de poderes e presidencialista' que "fiquem a falar sozinhos".

"Não há nenhuma concentração de poder no Presidente da Câmara. Vocês acham graça a isso, acham que é um 'filão' político interessante mas, falem à vontade mas, não vão ter a minha companhia na conversa", sublinhando que "a Lei, é o que é, e a nossa forma de governar é a que é. Eu até discordo da Lei portuguesa que é exageradamente presidencialista. Eu cumpro a Lei. O modelo que temos em vigor é este, portanto, presidencialista é a nossa Lei, não é o Ribau Esteves nem a Câmara de Aveiro", vincou, no debate sobre o organograma funcional da autarquia.

"Nesta Câmara chamei quatro de oito vereadores eleitos para partilhar as responsabilidades da governação. Acordei com eles um trabalho de equipa, normal e tranquilo. Atribui responsabilidades e pronto, está feito", disse.

"Quando um dia for menos caloiro colocarei os vereadores a falar no meu lugar, não faço isso agora porque só sou Presidente há quatro meses. Não inventem fantasmas, aqui não há fantasmas", afirmou, adiantando que "todos trabalham com toda a gente, não há sistema presidencial de coisíssima nenhuma", disse, sorrindo.

Ribau Esteves assume-se como um Presidente executivo. "Sou o primeiro Presidente de Câmara de Aveiro que tem as finanças e os recursos humanos e se isso é melhor que no passado?!?... quero lá saber, o meu entendimento é este. São sectores essenciais e eu é que os dirijo. Faço o que entendo".

No contexto da estrutura orgânica autárquica, em Aveiro "cumpre-se absolutamente a Lei. Por exemplo, afecto funcionários como entendo. Hoje é o 'A' a fazer uma coisa e amanhã é o 'B' e mais nada. Não há aqui funcionários de 'carreira', isso comigo acabou. Eu como gestor faço as coisas como muito bem entendo, dentro da Lei, não há cá conversa".


Diário de Aveiro


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