VIV´ARTE À PROCURA DE MECENAS

Oliveira do Bairro Viv’arte à procura de Mecenas Pedro Fontes da Costa Criado em 1988, o Viv’arte foi, durante dez anos, o grupo de teatro da Escola Secundária de Oliveira do Bairro. Idealizado como grupo de intervenção e pesquisa laboratorial, o Viv’arte ganhou entretanto personalidade jurídica com o registo em 1993 do Laboratório de Expressão Dramática. Ao longo desse tempo, o grupo enveredou por diferentes abordagens entre o texto clássico e o texto menos convencional, socorrendo-se de diferentes disciplinas e metodologias como malabarismo, acrobacia, técnicas orientais a partir das conceptualizações de Grotowski e artes de teatro de rua (a partir de Julian Beck). Ao longo desses dez anos, o Viv’arte viveu constantemente a dualidade Escola / meio exterior, por ele tendo passado mais uma centena de jovens e publicando cerca de vinte peças inéditas todas trabalhadas pelo grupo. Além da formação académica do seu director, Mário da Costa, o impulsionador desde a primeira hora, o Viv’arte conta com a colaboração atenta do seu consultor João José Cardoso (em fase final de doutoramento em História de Arte na Universidade de Coimbra). Companhia de Teatro Viv’arte As incessantes solicitações para que o grupo actuasse um pouco por todo o país, motivara pois o grupo a profissionalizar-se, criando-se a Companhia de Teatro Viv’arte, em 1998, a qual conta, neste momento, com dez elementos efectivos e uma excelente capacidade de mobilizar entre 50 a 60 artistas, sempre que necessário. Em Outubro de 2001, o Viv’arte surge como empresa de inserção, comprometendo-se a admitir jovens em situação social desfavorável. O crescimento contínuo desta Companhia de Teatro obrigou a uma escrita organizada com a contratação de uma licenciada em gestão e de uma secretária administrativa, a qual acumula com as funções de produtora dos espectáculos. Neste momento, como referência de uma visibilidade pública, o Viv’arte tem um protocolo com a Escola de Ballet- Teatro do Porto, da qual recebe estagiários; com a Escola Profissional de Aveiro, da qual recebe estagiários em Animação Sócio-Cultural; com a Escola Profissional de Trancoso, à qual dá formação em Expressão Dramática, assim como a Escola Profissional de Santa Comba. O Ministério da Educação tem mantido o destacamento do professor António Morais para coordenar a teatroteca itinerante das escolas do 1º ciclo do concelho de Oliveira do Bairro . Um outro protocolo, com a Associação Contador de Sonhos de Águeda, tem permitido uma inter–acção profícua a nível artístico com crianças e adolescentes de risco do concelho de Águeda. A entrevista pode ser lida na versão em papel. (12 Mar / 9:03)
Diário de Aveiro


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