"VIDA DE FEIRANTE É DURA, MAS FOI O QUE HERDEI"

Pelas sete horas da manhã de ontem chovia torrencialmente em Aveiro, mas a área livre do Parque de Feiras e Exposições já estava de portões abertos e os feirantes montavam as suas bancas. Pouco optimistas pelo dia que se avizinhava, a vida de feirante é mesmo assim, “nunca nos assustamos com o tempo que faz. Se tivermos uma feira, vamos e pronto!”, dizia Catarina Soares, com 36 anos de idade e a vender roupa desde os 11. Conformada, vai dizendo que “há vidas piores que a nossa”, mas admite não ser nada fácil, não só pelas condições que encontram, mas também pela “danada da crise”, que teima em não deixar as carteiras dos portugueses, mingando as vendas. “Quando esta feira coincide com a de Espinho, ainda é pior. Nota-se muito a falta de feirantes e também de clientes”.


Diário de Aveiro


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