Fernando Caçoilo (PSD) tomou posse hoje, ao final da tarde, como Presidente da Câmara de Ílhavo. O salão nobre e galerias públicas dos Paços do Concelho encheram-se de público para assistir a uma cerimónia que teve o seu momento de maior emoção quando Fernando Caçoilo elogiou os 16 anos de mandatos de Ribau Esteves, que, foi ovacionado durante uns 'eternos' 60 segundos. A partir de hoje o antigo Vice de Ribau Esteves assume a liderança e a gestão da Câmara ilhavense. "Esta posse não significa um novo começo. Significa a continuidade de um trabalho que vem sendo executado ao longo dos últimos anos. Eu não mudei. Não sou diferente. Não renasci imaculado. Sou o mesmo que sempre fui, com as mesmas qualidades e os mesmos defeitos", sublinhou. Mantendo em comum com Ribau a "opção pelo rigor financeiro", Fernando Caçoilo referiu que "o país gastou demais. Gastou o que tinha e o que não tinha e agora vive, ou sobrevive, do sufoco e da dependência de outros. Em face de tudo isto, Portugal está sem estratégia nacional, afasta-se cada vez mais dos nossos parceiros da União Europeia, encontra-se indefeso perante os novos desafios da economia aberta e do Mundo globalizado, e mostra-se entorpecido por uma crescente falta de confiança. No entanto, os jovens e as pessoas da minha geração, que aprendemos o valor da liberdade, da democracia e da confiança, não temos dúvidas que estes valores não estão em causa, são uma conquista sólida e definitiva". No discurso, Caçoilo 'pediu' dois mandatos "para trabalhar". "Os indicadores e os sinais que o recente Orçamento de Estado dão para 2014 não são animadores, para a economia, educação e emprego, com a consequente retracção no desenvolvimento e investimento do país, e na melhoria de qualidade de vida das populações. É mau para as Autarquias com a redução das transferências para a Administração Local, é lesivo para os cidadãos que todos os dias servimos. No entanto, estamos plenamente convencidos que poderemos, com o nosso conhecimento e experiência, construir o futuro que todos almejamos para o nosso município, daí que, o nosso 'Compromisso Eleitoral', abarcará forçosamente os dois próximos mandatos autárquicos, numa operação natural e obviamente concertada com os novos Fundos Europeus, no âmbito do QCIRA de 2014-2020", vincou. Falando da Região de Aveiro disse que "reconhecemos que a afirmação da região, que integramos e em cujo desenvolvimento estamos firmemente empenhados, depende em muito do aumento da competitividade das suas cidades e da qualidade dos seus espaços urbanos e ambiente. As cidades são pólos de crescimento e centros mobilizadores de conhecimento, cultura e de lazer. Por isso, a construção dos municípios e das 'cidades do futuro' implica necessariamente, harmonizar a sua história com a modernidade e a reabilitação dos seus centros urbanos, em nome da integração equilibrada e sustentada. É fundamental avançar com determinação e energia, para construir as nossas cidades inteligentes do futuro, transformando-as em espaços competitivos com identidade própria, promotoras do desenvolvimento sustentado e capazes de oferecer mais oportunidades às populações". Reiterando que "o dinamismo empresarial do município, associado à localização geográfica privilegiada e à bem estruturada logística já instalada, com a interligação dos modos marítimo, rodoviário e ferroviário, constitui uma mais-valia determinante para a criação de riqueza e emprego, que temos de saber potenciar numa definição estratégica sobre o nosso futuro. Estes factores justificam a aposta contínua na competência, na ambição e na capacidade inovadora dos agentes económicos do município e da região", sublinhou. Fernando Caçoilo, Marcos Ré, Beatriz Martins e Paulo Costa foram eleitos pelo PSD e José Vaz, Ana Bastos e Pedro Martins foram eleitos pelo PS. A nova Assembleia Municipal será presidida por Fernando Maria (PSD). (em actualização) Diário de Aveiro |