Duas das figuras da Igreja Católica em Portugal consideram que D. António Marcelino é referência para os católicos. D. José Policarpo, Cardeal emérito, esteve em Aveiro na cerimónia fúnebres e considera que D. António Marcelino é “um pouco parecido” com o Papa Francisco por não se “esconder” nas estruturas e recordou a sua “intuição” de criar uma diocese autónoma na zona Oeste do Patriarcado.
Em declarações à agência ECCLESIA, D. José Policarpo recordou os anos em que D. António Marcelino foi bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa, entre 1975 e 1980. “No Patriarcado até deu um bocado nas vistas porque os padres não estavam habituados a ele aparecer de surpresa numa paróquia para celebrar a missa de domingo, por exemplo”.
D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, recordou D. António Marcelino como um homem “autêntico”. “Foi sempre um homem entusiasmado, cheio de ânimo e de generosidade nas causas a que se dedicava por todos os meios - presença, palavras, escrita –e que entusiasmava quem estava ao lado dele”, revela D. Manuel Clemente destacou, à Agência ECCLESIA, a dimensão pastoral de um bispo diocesano que “gostava de estar com as pessoas, de comunicar e de animar as comunidades”.
“Era e é uma figura marcante” porque as marcas continuam “entre o episcopado e a Igreja portuguesa que com o seu entusiasmo e com a sua presença construía Igreja”.
O patriarca de Lisboa recorda também o prelado como o defensor das causas “em que acreditava com a sua sensibilidade própria”, como “o laicado, a renovação das comunidades, a formação do clero, a causa social”.
Foto: agência ACCLESIADiário de Aveiro |