MORADOR COM “PACEMAKER” QUEIXA-SE DE ANTENAS NO CIMO DE PRÉDIO

As antenas gsm de duas operadoras de telecomunicações móveis, instalados num edifício localizado no centro de Esgueira, são alvo de contestação dos moradores que usam “pacemaker”. Valentim Torres é um deles e garante que o seu dispositivo “pacemaker” de normalização do ritmo da actividade cardíaca tem sido afectado pelas ondas magnéticas das antenas.
“No local onde durmo, tenho duas antenas muito fortes”, descreve Valentim Torres, de 62 anos, que considera que “que se gera aqui um campo magnético que, está provado, que interfere nos ‘pacemakers’”.
“O meu aparelho devia ter uma vida útil de 10 anos e só durou metade”, explica, atribuindo a limitação nos anos de vida às ondas magnéticas que actuam sobre o aparelho.
A substituição do “pacemaker” pode ser muito dolorosa – “eu desmaiei duas vezes”, recorda, mas o que este residente em Esgueira gostaria de alertar é que “o prejuízo maior é do Estado que paga o aparelho na totalidade, ou seja, cerca de 15 mil euros, somos todos nós que estamos a ser prejudicados”, desabafa.
Valentim Torres admite que nunca se queixou ao condomínio do prédio nem às operadoras de comunicações móveis em questão, porque tem a certeza de que “não iria adiantar nada”.


Diário de Aveiro


Portal d'Aveiro - www.aveiro.co.pt