Durante os três dias em que a bola rolou num campo montado em frente ao Pavilhão do Galitos, foi possível assistir a espectáculos dignos de palcos mais mediáticos, com golos, jogadas, desarmes e defesas que prestigiam uma organização levada a cabo pela Associação Cais, que contou com o apoio do programa “Football for Hope” da FIFA e do Instituto Português de Desporto e Juventude.
Com as formações de Viana do Castelo, Aveiro, Porto e Beja a chegarem às meias-finais, esperava-se muita qualidade e competitividade. Nenhuma das formações deixou os seus créditos por mãos alheias e os jogos foram intensos e com marcador incerto até ao final. Aveiro e Porto confirmaram, contudo, o favoritismo e marcaram lugar em mais uma final, a repetição do ano passado.
No jogo decisivo, a formação do Porto levou a melhor sobre Aveiro, vencendo por 6-4. Foi mais forte, mais compacta e unida, gerindo sempre melhor as emoções num jogo que obriga a decisões rápidas e a muita qualidade técnica individual. As regras obrigam a que quem ataca esteja sempre em superioridade numérica (em 3x2), o que dá à competição um cariz ofensivo mas, sobretudo, uma inteligência táctica acima da média.
A presença de todos os distritos do país, mais Madeira e Açores, para além da formação da Homeless FA, de Inglaterra, num total de 20 equipas, permitiu o intercâmbio e a partilha de culturas e de vivências, com histórias de vida para manter na memória.
Diário de Aveiro |