O PS de Oliveira de Azeméis não quer “fusões” de hospitais e manifesta preocupação pelo futuro do Hospital Concelhio que está integrado no Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga. A concelhia assume o “papel de alertar e tentar impedir o encerramento do nosso requalificado serviço de urgências e em simultâneo exigir o reforço das suas respostas e competências”.
Questiona o atual Conselho de Administração sobre o empenhamento em manter o Hospital “ou se pelo contrário desenvolve uma estratégia de criar no CHEDV condições de internamento para albergar os nossos doentes, encerrando a nossa unidade”.
A localização geográfica de Oliveira de Azeméis e a densidade populacional envolvente, foram dois dos fatores tidos em conta aquando da integração do Hospital S. Miguel no Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga (que é composto pelos Hospitais da Feira, Oliveira de Azeméis e S. J. Madeira), que tinha como principal objetivo a prestação de um conjunto de cuidados de saúde, incluindo urgências, aos concelhos de Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira, Arouca, Vale de Cambra e Castelo de Paiva, servindo um universo de cerca de 150 mil habitantes.
A realidade, segundo o PS; é que desde a criação “tem conduzido a unidade de saúde para um preocupante abandono”. Dá como exemplo a perda do “único representante no Conselho de Administração do CHEDV” e depois, a “diminuição sistemática das suas valências e dos cuidados de saúde que prestava”.
No rol de queixas está o período de funcionamento do laboratório de análises e o relatório da Comissão para a Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência, que propõe o encerramento de várias urgências um pouco por todo o país, entre as quais se encontra a de Oliveira de Azeméis.
Para o PS de Oliveira de Azeméis a aposta deve passar por “reivindicar o reforço das consultas externas e o surgimento de consultas em novas especialidades” e “aproveitar o bloco operatório existente para a realização de pequenas cirurgias”.
Finalmente, a estrutura partidária considera que é essencial “manter viva a intenção de construção de uma nova unidade hospitalar” no segundo concelho mais populoso, a seguir ao concelho da Feira onde está sediado o CHEDV.
No final, o PS deixa um recado a Hermínio Loureiro para que o presidente da Câmara agende uma reunião com a Comissão de Saúde Municipal, pedindo reuniões ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga e à própria Administração Regional de Saúde do Norte. Diário de Aveiro |