O “grande desafio” de S. João da Madeira tem a ver com a necessidade de “fazer com que a gente da terra”, especialmente os jovens, e especificamente os jovens mais criativos, sintam que a cidade acarinha a criatividade “e precisa da sua competência”, salientou Joaquim Borges Gouveia, director do Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial da Universidade de Aveiro (UA), no início do 1.o Seminário Internacional Oliva Creative Factory, que está a debater, no Museu da Chapelaria, “A Criatividade dos Territórios – Estratégias e Políticas”.
No final da sua intervenção, respondendo a questões da audiência, abordou o tema recorrente da falta de uma maior ligação entre as universidades e as empresas, opinando que o ensino superior deveria lançar os jovens para o mundo do trabalho e da criação o mais cedo possível. Criticou o modelo ainda vigente entre nós, o qual estipula que “se o professor ensinar, o aluno aprende”.
Disse encaminhar os seus alunos “para as empresas”, assim que eles entram no ano final do respectivo curso. E apontou os exemplos dos Estados Unidos da América (EUA), onde os jovens podem mudar várias vezes de universidade e saem cedo de casa dos pais. Ainda mencionou as práticas do norte da Europa, onde os estudantes beneficiam de bolsas de estudo e também se tornam “independentes” com a entrada na universidade.
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