AVEIRO: CÂMARA INSISTE EM TAXAR O LUCRO DOS OPERADORES

Para a Câmara de Aveiro, não taxar os passeios turísticos seria “para além de uma imoralidade, um inquestionável e gravíssimo prejuízo para o interesse público”. Assim, a autarquia recusa que “os operadores – empresas privadas -, que utilizam espaços que são de todos os munícipes, usufruam desse bem público em benefício, apenas e só, do seu próprio lucro”, segundo o comunicado difundido ontem pela Câmara Municipal, assinado pelo presidente, Élio Maia.
Embora os operadores tenham boicotado a aplicação da taxa e apresentado uma providência cautelar, a Câmara diz que continuará a “fazer tudo para que os operadores, como entendemos ser seu irrecusável e esfíngico dever moral e social, também contribuam para poderem continuar a usufruir dos benefícios desse bem público, sem onerarem, na totalidade, os aveirenses na defesa intransigente desse interesse público, e colocando, pois, o dos aveirenses muito acima do dos particulares”.
No comunicado, a autarquia mostra que quer repartir as despesas com os operadores, aplicando um euro em cada bilhete de passeio na Ria. ”Os operadores privados recebem tudo o que é lucro e são os cidadãos aveirenses, através dos seus impostos e do seu município, a arcarem com as despesas, nomeadamente as relativas aos funcionários das eclusas, à elevação das pontes, aos arranjos dos muros, à limpeza dos canais, etc”, justifica a Câmara. O comunicado de Élio Maia dá vários exemplos desta despesa, como o “arranjo recente do muro do canal junto à ex-capitania, que obrigou ao gasto de centenas de milhares de euros pagos pelo dinheiro que é de todos.


Diário de Aveiro


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