Ao cumprir o 39.º aniversário de elevação a cidade, como vê a transformação que Espinho viveu ao longo deste tempo?
A cidade conheceu um período de evolução muito forte nos últimos anos. Alguns índices pioraram, de facto, mas Espinho continua a ser uma cidade muito atractiva, com excelente qualidade de vida e, sobretudo, uma cidade com muito futuro.
Quais são esses índices que pioraram?
Estamos a falar de alguns índices de iliteracia, de desemprego, de recurso ao Rendimento Social de Inserção… são índices sociais que demonstram que ao nível do sustento das famílias espinhenses nota-se algumas dificuldades. Mas, apesar disso, há outros indicadores contraditórios: Espinho continua a ter uma taxa de cumprimento bancário extraordinária. Significa que, aqui, as pessoas preferem passar alguns maus bocados, mas honrarem os seus compromissos – o que denota a personalidade vincada com referência a valores éticos e morais dos nossos munícipes.
Mas, apesar disso, crê então que é uma cidade com futuro?
Sim. Até porque Espinho é uma cidade que continua a ser muito procurada, que continua a receber muita gente. Também porque temos feito por dinamizar cultural, social e economicamente esta parcela de território, e com isso temos conseguido introduzir algumas sinergias, que, apesar do contexto difícil em que nos encontramos, mostram que a sociedade espinhense está muito activa, que o nosso comércio de proximidade está a conseguir resistir às adversidades… sinais muito interessantes para o futuro.
Diário de Aveiro |