O município de Aveiro não dá sinais de recuar na pretensão de cobrar a anunciada taxa nos alojamentos locais. Um euro por dormida de visitantes que colocou os empresários hoteleiros em pé de guerra com impugnação pronta a seguir para os Tribunais. O Presidente da Câmara aveirense defende-se, sublinhando que "é chegada a hora de repartir os custos com o espaço público". "Temos vindo a pagar os muros da ria, a limpeza, até agora temos pago tudo, naturalmente que o que se pretende é dar alguma equidade e justiça", disse. O regulamento que inclui a taxa de um euro já esteve em consulta pública e vai ser votado na Assembleia Municipal (AM). A maioria PSD-CDS não mexeu na medida mais polémica. "Se um visitante pretender fruir do prazer de uma viagem de moliceiro, significa que ele tem o prazer, os operadores recebem o dinheiro todo e nós limitamo-nos a pagar os custos todos", referiu Élio Maia, seguro da justiça da nova taxa de alojamento a aplicar em Aveiro. Pedro Pires da Rosa, do PS, aconselha a autarquia a poupar noutras áreas para poder manter a cidade competitiva ao nível do turismo. "O que é mais prejudicial", questionou, "não gastar 220 mil euros na Volta a Portugal em Bicicleta, em que não há um número sobre a vantagem ou o retorno turístico que isso trás à cidade, não será mais proveitoso, em vez da aplicação desta taxa, denunciar o contrato com a Canal Visão, onde são pagos 72 mil euros para serviços de comunicação, ou então, os 21.600 euros que foram gastos no famoso Boletim Municipal, estas quatro verbas dão seguramente para eliminar essa taxa, é que a mera notícia da taxa turística é lida lá fora e as pessoas acham que as dormidas são mais caras e irão para outro sitio qualquer", disse Pires da Rosa. Diário de Aveiro |