O eco-museu da Troncalhada, em Aveiro, onde está activa uma das últimas marinhas de sal, vai beneficiar de melhoramentos, até ao próximo Verão, "para receber mais visitantes". A Vereadora Maria da Luz Nolasco fez hoje uma visita guiada ao espaço para divulgar o projecto de requalificação. Um projecto orçado em 74 mil euros. O turismo é visto como uma actividade complementar, "indispensável para viabilizar a produção do sal artesanal em Aveiro". As pirâmides brancas resistem em Aveiro apesar da salicultura continuar ameaçada de extinção. O inicio da safra de sal ficou marcado, este ano, pelo arranque de uma série de melhoramentos na marinha da Troncalhada, transformada em eco-museu pelo Município local, e onde é possível ver ao vivo o trabalho dos últimos marnotos. "É uma actividade quase em extinção, só por isso vale a pena manter este projecto com a presença de marnotos e famílias ligadas à tradição do sal que, durante o inverno desenvolvem outras actividades", disse Maria da Luz Nolasco, Vereadora da Cultura. Até ao Verão, fica pronto o Circuito do Sal, um investimento de 74 mil euros em acessos pedonais e sinalética que pretende levar os visitantes a percorrer as marinhas, paredes meias com a cidade. O turismo e a venda directa podem ajudar a manter e a rentabilizar a produção artesanal do sal. "O sal pode ser aplicado na cosmética, alimentação, alimentação mais sofisticada, será possível a revitalização técnica da marinha e desenvolver o turismo que é uma alavanca da economia". A marinha da Troncalhada, que tem em fase final de certificação, como produto tradicional, o sal ali produzido, é considerada pela União Europeia (UE) um espaço museuológico de referência, na área do património cultural, atraindo por estes dias à cidade especialistas nacionais e estrangeiros. Diário de Aveiro |