ALBERTO SOUTO RESPONDE A CRÍTICAS SOBRE A DÍVIDA E ACUSA ÉLIO MAIA DE LEVAR MUNICÍPIO PARA A FALÊNCIA.

Alberto Souto lamenta o teor das declarações que visaram a sua passagem pelo cargo nas reportagens do fim-de-semana sobre a situação financeira da autarquia apresentada como a mais endividada do país. O antigo autarca, que deixou funções em 2005 quando tentava o terceiro mandato, não gostou de ser responsabilizado pelo presidente atual, Élio Maia, e o seu vereador das finanças, a propósito da dívida do município.

Alberto Souto devolve as acusações, lembrando outras autarquias com problemas financeiros que foram encontrando saídas. "A diferença agora é que, enquanto as Câmaras de Lisboa e de Gaia souberam adaptar-se aos novos tempos e realidades financeiras e estão a diminuir consistentemente a dívida, em Aveiro, erros crassos de gestão e pura incompetência levaram o município para a falência", refere o antigo edil.

“Todos estão a perder a vergonha e o respeito porque o desespero é total. Ao fim de sete anos, depois de um empréstimo de 58 milhões de euros, as dívidas de curto prazo aumentaram e as de longo prazo lá estão”.

As referências a protocolos com o Beira-Mar que envolveriam encargos de 15 milhões de euros, uma "festa" do Euro 2004 que custou um milhão de euros e a venda das piscinas municipais também merecem respostas do ex-autarca.

“Porque é que o Ministério Público não conclui este processo ? Escrituras depois da meia noite ? Vendas pelo dobro do valor a privados, cinco minutos depois ? Cheques de mais de um milhão de Euros, sem provisão, no bolso do Presidente da Câmara ? Que autoridade é que o Dr. Élio tem para tentar denegrir a boa obra que deixamos e a absoluta lisura de procedimentos por que sempre nos pautámos ? Porque é que o Dr. Élio não exige que ele se conclua depressa, para limpar o seu bom nome, posto em causa por duas escrituras com contornos de filme policial mafioso e valores mais do que duvidosos ?”.

“Ao fim de sete anos continua como uma carpideira, cujas lágrimas mentem, e sem obra. Ao fim de sete anos e na situação de falência a que conduziu a Câmara, parece que vai insistir em pontes inúteis”.


Diário de Aveiro


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