O presidente da entidade regional de turismo acredita que os ovos-moles serão confirmados nos próximos anos como elemento de exportação ao nível dos pastéis de natas. Pedro Machado comentava, desta forma, a investigação do departamento de química da Universidade de Aveiro que garante o alargamento do prazo de validade abrindo caminho à exportação.
Uma investigação da UA comprovou que os ovos-moles podem ser congelados sem o risco de perderem as características que fazem deste doce regional o ex-libris da doçaria aveirense.
Pedro Machado salienta a importância da notícia pelo impacto que terá na comercialização além fronteiras. “Os ovos-moles fazem parte do melhor que temos a nível nacional. O Ministro da Economia, provavelmente, conhece mal os ovos-moles, os pastéis de Tentúgal, as nevadas de Penacova, os pastéis de Santa Clara e tanta doçaria com capacidade de ser exportada. Os ovos-moles têm o mesmo potencial para quem produz, para o país e para a região. Queremos ajudar a que os ovos-moles atinjam o patamar da excelência e da internacionalização”.
Os ovos-moles são feitos à base de gema de ovo e estão certificados pela União Europeia com Indicação Geográfica Protegida. A descoberta da UA pode permitir um aumento da produção do doce e, naturalmente, do número de postos de trabalho entre os 36 associados da APOMA. Em 2011 estes produziram cerca de 200 toneladas de ovos-moles. Diário de Aveiro |