PROFISSIONAL DE NAVIOS DE CRUZEIRO CONSIDERA QUE PORTO DE AVEIRO PODERIA EXPLORAR SETOR.

O prolongamento do molhe Norte vai permitir a entrada de navios até 200 metros de comprimento e para quem trabalha na área dos navios de cruzeiro pode posicionar o porto de Aveiro para acolher embarcações dedicadas a este tipo de turismo. Augusto Amarante, maquinista que trabalha nesta indústria, diz que pode estar aí uma aposta de futuro uma vez que nota crescimento no sector com procura em diferentes níveis de poder de compra.

“Pode porque há uma gama de navios de médio porte na ordem dos 170 metros. É possível entrar em porto e fazer os serviços necessários e penso que as pessoas sairiam satisfeitas de visitar esta zona”, adianta o responsável de máquinas em embarcações da empresa Pullmantur.

Augusto Amarante em entrevista ao programa “Conversas” falou, ainda, de leis laborais para dizer que no mercado dos cruzeiros se ganha quando se trabalha. Uma realidade parecida com a que o país atravessa com a revisão das leis laborais. “Hoje em dia, trabalha-se ganha-se e se não trabalha não ganha. Se a empresa não gosta, diz ao empregado não serves e acabou. Não há salvaguarda da nossa posição em si”, confessa Augusto Amarante que faz o paralelo com a transformação da lei laboral em Portugal.

“Acho que pode ser positivo para o país embora não sejam tão banalizadas ou tão liberalizadas. É o que acontece em todo o lado. Se as pessoas não trabalham não ganham. É verdade que era melhor estar de férias e ter um salário mas a grande maioria das empresas não o fazem”.

Em ambiente marítimo a ligação à terra faz-se com recurso à internet e aos meios de comunicação. Uma realidade que permite manter alguma actualização. “Está ausente mas não está ausente. Estamos sempre em contacto e sabendo de viva voz o que se passa. A rádio também dá os tópicos do que acontece. De tempos em tempos faço consulta em 105FM online e vendo as notícias que saem”. Entrevista para ouvir às 19h00.


Diário de Aveiro


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