A Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro (ADERAV) defendeu a recuperação da ponte quinhentista sobre o rio Vouga, em Águeda, que ruiu parcialmente a 12 de Novembro.
Em comunicado, a ADERAV apelou para a recuperação daquele ‘ex-libris’ da região, sustentando que a travessia “tem uma articulação e beleza raramente alcançadas em obras do seu género”, salientando que “encurva, na parte média, o que, do ponto de vista da História da Arte, é peça de acrescido valor”.
A associação defende que a ponte seja recuperada “com a dignidade que merece”, de forma a que continue a cumprir todos os objectivos para que foi construída e que seja preservada como “grande marco histórico” da região do Baixo Vouga.
Em Novembro passado, o vice-presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida (PS), disse que a autarquia estava disposta a recuperar a Ponte de Lamas, se o Governo financiasse a obra.
“Nós não estamos contra a ponte. Que fique claro que a câmara de Águeda está receptiva à recuperação da ponte se o Governo estiver disposto a financiar a obra, porque a autarquia não tem capacidade financeira para a realizar”, disse à Lusa o autarca.
A ponte sobre o rio Vouga, situada na antiga Estrada Nacional n.º 1, em Lamas do Vouga, concelho de Águeda, mantém-se fechada desde a queda parcial do tabuleiro há cerca de um mês, devido ao abatimento de um pilar.
A travessia já se encontrava encerrada ao trânsito há cerca de um ano, por “não garantir segurança”, na sequência de uma inspecção encomendada pela câmara de Águeda a uma empresa especializada.
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