AUTOR CONFESSO DE HOMICIDIO DE ADVOGADO VAI AGUARDAR JULGAMENTO EM PRISÃO DOMICILIÁRIA.

O autor confesso do homicidio de um advogado, pai da sua única neta, a 5 de Fevereiro, em Oliveira do Bairro, vai aguardar julgamento em prisão domiciliária, confirmou fonte ligada ao processo.

A defesa do engenheiro agrónomo sexagenário, pai de uma juiza, acaba de ver o Tribunal da Relação de Coimbra (TRC) dar provimento ao recurso da medida de coação que tinha sido fixada pelo juiz de instrução criminal.

O arguido encontra-se, desde a prática do crime, sujeito a prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Aveiro. Esgotaram-se as possibilidades de recurso da medida de coação. Cumpridas as formalidades legais, Ferreira da Silva, 63 anos, acusado de homicídio simples, poderá regressar à sua residência, em Oliveira do Bairro, onde aguardará julgamento, ainda sem data, com vigilância electrónica (pulseira).

O arguido baleou mortalmente Cláudio Rio Mendes, 35 anos, ex-companheiro da filha, num parque de lazer, na Mamarrosa, quando o falecido estava a visitar a filha, de quatro anos, que se encontrava à guarda da mãe. Uma amiga do advogado do Porto gravou a tragédia com a camara do telemóvel, onde se vê o acusado a disparar por cinco vezes, com a criança ao colo.

O homicidio culminou um longo litígio por motivos relacionados com a regulação do poder paternal. O crime verificou-se ao fim da manhã durante o encontro quinzenal autorizado de uma hora, entre pai e filha.

O homicida confesso entregou-se pouco tempo depois no posto da GNR de Bustos.


Diário de Aveiro


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